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Em Itabuna, grupo busca articular mulheres negras na universidade

Por Marcus Mendes

Rodas de conversa online semanais e mapeamento do uso das redes sociais e plataformas digitais são parte da estratégia para mapear a presença das mulheres negras na Universidade Federal do Sul da Bahia. Iniciado em plena pandemia, o projeto, coordenado pela professora Célia Regina Silva tem como objetivo, segundo ela, entender melhor a participação desse segmento na comunidade acadêmica.

“Apesar de a UFSB ser a pioneira na implementação de ações afirmativas de recorte étnico-racial, ainda carecemos de iniciativas sobre a presença de mulheres, em especial as negras, na universidade”, explica a pesquisadora, para quem os dados gerados poderão apoiar a criação de futuras ações voltadas para esse público.  “Nós, pesquisadoras negras somos minoria no que se refere à publicação de artigos, de livros, de bolsas acadêmicas e de cargos de gestão, resultado do racismo estrutural. Então precisamos de medidas concretas para que mudanças aconteçam.”

Os encontros acontecem todas as quartas, às 19 horas, de forma online. “Infelizmente, com a pandemia, as rodas de conversa presenciais tiveram que ser canceladas, mas isso abriu oportunidades para a iniciativa de diversas mulheres que, impossibilitadas de frequentar os encontros, buscaram nas lives alternativas para o diálogo com a comunidade”, explica a coordenadora do projeto, que também é representante da UFSB no Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Itabuna (CONSEDAMI). Além de Silva, o projeto conta com a colaboração da estudante Jéssica Assis e outras integrantes do Grupo de Estudos em Gênero e Mídia.

Recentemente, pesquisadores da Universidade de Campinas e da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO) demonstraram que as mulheres negras são, hoje, o maior grupo nas universidades públicas brasileiras, representando 27% do total de estudantes nessas instituições.

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